Não esperas pela demora!
Querida obra do Demo,
Venho por este meio comunicar-te que apesar de a saúde não permitir (por enquanto) ferrar-te o dente, tenho-te na lista dos pendentes. Provavelmente terás umas semanas mais para te habituares à ideia que mais cedo ou mais tarde, irei acercar-me de ti sem vitrine a proteger-te, olhar-te-ei profundamente nas petitas de chocolate, avaliarei a tua cor, cheiro, talvez fofura. Demorarei o meu tempo a escolher qual de vocês terá o previlégio de conhecer as minhas
entranhas, ser processado pelo meu requintado intestino e expelido qual qual uma casca de tremoço pelas partes profundas do meu recto.
Aguardo serenamente o dia, em que num misto de masoquismo e sadismo, encetarei essa relação fugaz contigo. Em que te irei saborear como se fosses uma trufa pronta a derreter-se na boca. Como se fosses a vitória de um campeão Olímpico.
Querida obra do demo,
o nosso encontro estará para breve. Consigo senti-lo nas papilas gustativas. És a minha cenoura na ponta do pau e olha que eu sou muito perserverante. Vou conseguir-te apanhar e ser uma Coelhinha muito feliz.
Até breve,
Eu.