Há livros que nos tocam como se fossem mãos
Ofereceram-mo há dois dias. Hoje tinha uma longa conversa com o meu amigo "Estebes" e levei-o comigo. Depois de dois filmes ainda tinha mias 1h30 pela frente, resolvi pôr de lado o livro que ando a ler e ver o que Mia Couto me reservava. Tinha ficado curiosa quando me disseram: "vi o livro e achei que te assentava que nem uma luva só pela
primeira frase". Fiquei ainda mais quando a li: "Sou feliz só por preguiça."
Confesso: li-o numa penada. Não são muitas páginas e é provavelmente o livro mais pequeno que li nos últimos tempos. São raros os livros que começo a ler e só consigo parar quando já não há mais. Este, foi um deles. Mia Couto não é bom, é muito bom! Brinca com as palavras e falas dançar como se fossem um pincel na mão de um hábil artista.
Mar Me Quer é uma história simples mas deliciosa, de encontros e reencontros, de sonhos e devaneios escritos num estilo que Mia Couto já me habituou. Há anos que não lia nada dele e só nos últimos 3 meses, este é o segundo livro dele. Se tinha ficado encantada quando li O Voo do Último Flamingo vão já pelo menos uns 15 anos, mais deliciada e rendida fiquei com o Mar Me Quer.