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Escadinhas do Quebra Costas

(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino. Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."

Escadinhas do Quebra Costas

(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino. Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."

01 de Julho, 2019

Doença Inflamatória do Intestino e Terapias Não Convencionais: sim ou não?

Vera Gomes

 

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A ECCO (Organização Europeia para Crohn e Colite), tem como objectivo melhorar os cuidados existentes para pessoas com uma Doença Inflamatória do Intestino. Desde orientações para tratamento, a treino e educação para pessoal médico e de apoio a estes doentes, a acção da ECCO é vasta e tem na sua organização dos melhores especialistas em Doenças Inflamatórias do Intestino que a Europa (senão o mundo) tem. 

 

Regularmente emitem orientações ou o ponto de situação em relação a tratamentos, sintomologia, etc etc. Há umas semanas publicaram uma Revisão Temática (isto é, foram ver todos os estudos efectuados seguindo a metodologia correcta) sobre terapias não convencionais (ou complementares), Psicoterapias e Doenças Inflamatórias do Intestino. Entre as pessoas que participaram neste trabalho, de rever tudo o que foi publicado, que se apresenta como estudo válido, com metodologia correcta, estão pelo menos duas médicas portuguesas.

O documento está apenas disponível em inglês, mas deixo aqui uma tradução das principais conclusões dentro da maioria dos dos pontos abordados: 

 

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A mesma Revisão Temática, aborda também outros tipos de terapias e o impacto e/ou relação que pode ter na evolução do quadro cliníco: 

 

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A Revisão Temática termina com a seguinte conclusão: 

Existem vários tipos de terapias complementares e intervenções psicoterapêuticas disponíveis. No entanto, para a maioria deles, a falta de testes rigorosamente conduzidos tem dificultado o seu uso. Em relação à psicoterapia e as intervenções mente-corpo, foi relatado um efeito positivo na qualidade de vida; o efeito na actividade da doença é menos claro. Os médicos devem ser informados sobre as evidências que estão por trás das terapias complementares usadas com mais frequência e estar prontos para fornecer conselhos aos seus pacientes. Mais pesquisas são necessárias antes que fortes recomendações possam ser feitas

 

Já o disse mais do que uma vez e voltarei a afirmar: em fases de crise e desespero eu recorri a Terapias Não Convencionais. 

Já o disse mais do que uma vez e volto a afirmar: não ajudou em nada, pelo contrário agravei o meu quadro clinico. E sim, fi-lo com "profissionais" de renome e conceituados na praça. 

Todos nós, a certa altura, sentimos o chão a fugir-nos debaixo do pés e queremos ter a sensação que há algo mais que podemos fazer, de recuperar a sensação de controlo da nossa vida. O desespero tolda-nos a razão e por isso convém termos em atenção que somos alvo fácil e extremamente sugestionáveis, a possíveis tratamentos ou a qualquer coisa que nos promete ajudar. 

Lembrem-se sempre: No dia em que houver de facto algo que tem um impacto positivo no vosso tratamento e manutenção da doença, a equipa médica que vos segue será a primeira a propôr-vos essa solução. 

 

 

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