Dia Mundial do Livro e Papel Higiénico: o que têm em comum?
Hoje celebra-se o Dia Mundial do Livro. E eu poderia falar dos milhentos livros que já li ou daquelas dezenas que e marcaram e que jamais irei doar porque me marcaram tanto. Podia. mas não vou. Irei falar de um único livro apenas. O único livro que escrevi em toda a minha vida: (con)Viver com Doenças Inflamatórias do Intestino.
Este livro é muito especial para mim: em parte porque tenho uma Doença Inflamatória do Intestino (isso já não é novidade para ninguém que siga aqui o estaminé.). Mas também porque o livro pretende dar voz àquelas que sofeream, sofrem e sofrerão em silêncio com uma doença crónica que consegue ter momento altamente debilitantes e embaraçosos.
Quando se recebe um diagnóstico é uma mistura de alivio com desespero. A notícia de se ter uma doença para a vida que requer tratamentos para a vida e com todas as perguntas que surgem em torno disso, é um peso demasiado grande para se carregar. Agora imagem quando a pessoa que é diagnosticada, é um bebé. Uma criança. Um adolescente. Um jovem adulto. Já imaginaram o sentimento de revolta que se sente? O desespero de uma mãe em tentar ajudar o seu filho?
Este livro fala de tudo isso. Este livro mostra tudo isso. Porque uma doença inflamatória do intestino, seja Crohn ou Colite Ulcerosa ou outra forma de Colite, não afecta só quem a tem: afecta quem nos rodeia (família e amigos), afecta os profissionais de saúde que lidam com elas diariamente; afectam os nossos colegas de trabalho.
Informação é poder. E por isso surgiu este livro: educar, informar e sensibilizar para estas doenças. Para que haja mais compreensão, mais inclusão, mais oportunidades. Por isso, leiam o livro. Recomendem-no a alguém. Porque só assim viveremos numa socidade mais empática e mais inclusiva.