Arte é uma Banana
Quem vive em Bruxelas aponta a intensa vida cultural da cidade como um ponto positivo. A oferta é de facto mais que muita e torna-se complicado às vezes escolher o que fazer, onde ir e o que ver porque o tempo (e a carteira) não dá para mais. No Domingo passado decidi aprofundar os meus parcos conhecimentos e fui à feira de arte contempoerânea de Bruxelas - a Art Brussels. Descobri coisas muito "interessantes":
1) Arte pode mesmo ser uma banana. Nunca na vida irei deitar uma casca de banana para o lixo sem pensar que podia estar a ganhar milhares de euros se fizesse do meu lixo arte e andasse no circulo da Arte
2) A imaginação artística não tem limites. Um dildo em cima de um cacto (quero ver alguém a usá-lo) ou com umas asinhas em vidro para se assemelhar a uma borboleta fica sempre bem como centro de mesa da sala de jantar.
3) Devia ter-me aplicado mais nas plasticinas. Devia ter guardado todos os trabalhinhos que fiz. Assim como todos os bolos que tentei fazer que não saíram como o suposto. Ah! E todas as vezes que chamei o gregório, devia ter vomitado para uma moldura e deixar secar. Confesso que gosto do ar de alien. E os olhitos são telemóveis. Daqueles bué antigos entre a geração tijolo e a geração smartphone.
4) Por uns momentos pensei que fosse um depósito de candeeiros. Só depois de ter visto a foto percebi que afinal é um anjo. Nem quero imaginar a conta da electricidade da pessoa que levar esta instalação lá para casa.
5) Todo o papel amarrotado que mandei para o caixote e que afinal poderia valer muuuito dinheiro e ser considerado arte... Dói-me a alma só de pensar!
6) Levar marmita de casa. A foto abaixo ilustra o almoço. Tem preço de refeição normal, com acompanhamento incluído, mas depois metem-nos isto à frente. E o copo está cheio. Sim, cheio segundo os parâmetros artísticos do dono do restaurante.