Como (não) começar o dia
Hoje de madrugada acordei com uma daquelas fabulosas crise de alergias/ enxaquecas. A muito custo, porque a "moca" é tão grande que não consigo processar nada nas 12h seguintes, lá me drunfei com anti-histamínico e um paracetamol e rezei para que fizesse efeito rapidamente para conseguir dormir descansadinha.
Escusado será dizer que acordei zombie, mal conseguia abrir os olhos (não sei muito bem como me consegui vestir de forma aceitável) e lá me arrastei para o trabalho. Viagem de autocarro em modo sonâmbulo e como de costume, quando sai do autocarro, vim pela berma da estrada em vez do passeio por causa dos presentes dos canídeos que por lá habitam. Ora, é um lado da rua que passa um carro quando o Rei faz anos e até é bastante larga. (E sim eu sei que não serve de desculpa para não usar o passeio!) Hoje porém, uma senhora professora que ia ali a sair do parque da Escola Luís de Camões achou por bem dar-me na cabeça por não ir no passeio. Com toda a razão, claro. Só a senhora não me largava: eu dopada, concordei que ela tinha razão (que de facto tinha) mas perdeu-a toda quando insistiu em acompanhar-me dentro da sua viatura a tratar-me mal e quase insultar-me e a exigir que houvesse uma lei que me multasse. Ora a partir de certo ponto, passei para o modo "ignorá-la" porque sinceramente estava mais preocupada em conseguir manter os olhos minimamente abertos para ver por onde andava.
Ora a rua é de sentido único: até meio sentido descendente, no outro meio, no sentido ascendente. E eis que a senhora que acha que eu deveria ser multada por não ir no passeio, que quase bateu num carro estacionado só para de insultar e insistir na minha transgressão, no ponto de vista dela, gravíssima, desce a rua por completo, ignorando um redondo sentido proibido...