Há coisas que só acontecem mesmo em filmes ou nos desfiles da Victoria Secret: a malta despir-se e estar ali toda impecavelmente depilada, roupinha interior do mais sexy que há, toda tesuda e sensual.
Esqueçam!
Na vida de uma pessoa com DII já é uma sorte que não se tenha uma certa coloração na cueca porque deu aquela cólica marota e inpossível de segurar e saiu merdum com a bolha de gás de metano que, vocês nem sabem como, se acumulou dentro de vocês.
Depois... sejamos realistas: nem malta sem DII se veste daquela forma diariamente! Malta com DII, sobretudo em alturas de crise, quer é mesmo reduzir todos e quaisquer efeitos nefastos de uma possível emergência, ou peido mestre que anuncia descarga incontrolável. Logo... a bela da cuequinha da avó, no dia a dia, traz um sentimento de segurança (por vezes ilusório) que temos tudo sob controlo. São aquelas pequenas coisas, que por muito irracionais que possam parecer, nos trazem um sentimento de conforto que , apesar de tudo, controlamos o nosso esfincter e reduzimos o risco de um embaraço público. (Acreditem, e por experiência própria, fases de crise é mesmo pura ilusão.)
Ora, isso significa que não tenhamos roupa interior ousada e pronta a saltar de uma gaveta e tornarmo-nos versões realistas de quem não passa a vida a comer folhas de alface e a malhar no ginásio? Claro que não! A roupa interior sexy existe na gaveta! E até vê a luz do dia (ou do candeeeiro se for à noite!)! E tem uma espécie de mola que salta da gaveta sempre que a tripa acalma, as dores dão tréguas e as estrelas estão alinhadas.
Agora... não esperem é que tal aconteça todos os dias... Por cambalhotas à lá carte só nos filmes e anjos sexys só nos desfiles da Victoria Secret!