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Escadinhas do Quebra Costas

(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino. Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."

Escadinhas do Quebra Costas

(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino. Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."

08 de Dezembro, 2017

4 sugestões para um pequeno almoço alternativo

Vera Gomes

Cheguei a um ponto da existència da minha doença que  deixei de tolerar pão, leite, açucar, ovos, chá preto... e confesso: as minhas opções para pequeno almoço começaram a ficar limitadas. Quando se esgotam os ovos e ainda asssim é preciso fazer omoletes, bom, é nessas alturas que a necessidade aguça o engenho e a criatividade entra em acção. 

 

Partilho por isso 3 opções regulares daquilo que sao os meus pequenos almoços (e note-se que sou bom garfo, portanto tem que ser coisas que encham a pança). 

 

1) Tostas de batata doce com queijo fresco

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Ok... esta foto tem alguns meses, porque já não tomo tanta medicação ao pequeno almoço. mas abstraiam-se das drogas  foquem-se nas tostas. De batata doce sim! Simples e rápidas de fazer. Fatia-se a batata doce, mete-se na torradeira até estarem cozinhadas mas ainda estaladiças e põem em cima o que quiserem. Eu costumo pôr

 

07 de Dezembro, 2017

Os 7 tipos tratamentos possíveis para Colite Ulcerosa e Doença de Chron

Vera Gomes

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O tratamento deve começar pelo diagnóstico preciso. Este depende do conjunto da história clínica, dos resultados dos exames físico, endoscópico, radiológico e histológico, assim como dos exames laboratoriais. O resultado desta investigação permite distinguir doença de Crohn da colite ulcerosa.

 

O objectivo do tratamento da doença intestinal é reduzir a inflamação que desencadeia seus sinais e sintomas. Nos melhores casos, isso pode levar não só ao alívio dos sintomas, mas também à remissão a longo prazo e redução dos riscos de complicações. O tratamento das DII geralmente envolve terapia medicamentosa ou cirurgia.

 

O tratamento da DII vai depender da gravidade, da extensão e do local envolvido. Um grande número de drogas que actuam como anti-inflamatórios gerais ou selectivos têm sido empregados, porém consegue-se a remissão das crises, mas não a cura da doença. Mesmo com o alivio dos sintomas é de extremamente importância manter o tratamento pelo tempo recomendado pelo médico. Só porque os sintomas aliviam, não significa que a doença está em remissao ou sob controlo. 

 

Toda a medicação tem efeitos secundários possíveis e por isso é recomendado de manter a posologia e a duração de tratamento recomendada. Certas medicações requerem uma monitorização próxima, que pode por vezes parecer restritiva, sobretudo para pacientes recentemente diagnosticados. No entanto, é um preço a pagar para atingir remissão em segurança. 

 

Posto isto, quais sao os tratamentos existentes?

1) Ácido 5-aminosalicílico (5-ASA)
Os fármacos anti-inflamatórios são frequentemente o primeiro passo no tratamento da doença inflamatória intestinal. A medicação que toma depende da área do  cólon afetada. Os anti-inflamatórios incluem: Sulfasalazina (Salazopirina, Azulfidina); Mesalazina de liberação retardada (Asacol, Pentasa, Salofalk, Mezavant, Lialda); Balsalazida (Colazida); Olsalazina (Dipentum).

O tratamento de manutenção com 5-ASA pode ser efetivo para manter a remissão da colite ulcerativa.

 

2) Corticosteróides
Corticosteróides têm sido empregados quando o 5-ASA se mostra ineficiente. Os corticosteroides não são primeira escolha no tratamento devido aos seus efeitos secundários. Eles provavelmente agem pelas mesmas propriedades funcionais relativas dos processos inflamatórios. Parecem controlar a doença de uma maneira complexa. O uso tópico de corticosteróides, como enemas de hidrocortisona, podem ser usados como alternativa ao 5-ASA para doentes com proctite ulcerativa ou colite ulcerativa distal. Prednisona ou prednisolona oral são usadas com moderação em colites severas, sendo a administração intravenosa reservada para pacientes graves que requerem hospitalização. Cuidados especiais devem ser tomados no uso prolongado de corticosteróides, pois é frequente o aparecimento de hipertensão arterial, diabetes e osteoporose.

Neste grupo estão includidos: Predinisona, Budesonide (Entocort), Prednisolona, Hidrocortisona, Betametasona (Betnesol) e Metilpredinisolona (Solu-Medrol). 

 

3) Agentes imunossupressores 

Estas drogas funcionam de diversas maneiras para suprimir a resposta imune que libera substâncias químicas induzindo inflamação na mucosa intestinal. Para algumas pessoas, uma combinação destas drogas funciona melhor do que uma droga isolada.

Alguns exemplos de drogas imunossupressoras incluem azatioprina (Azasan, Imuran), mercaptopurina (Purinethol, Purixan), ciclosporina (Gengraf, Neoral, Sandimmune) e metotrexato (Trexall).

 

4) Biológicos (imunomodeladores)

Tem-se expandido o papel dos imunomoduladores no tratamento de pacientes com DII. Estes agentes são geralmente úteis para pacientes nos quais a dose de corticosteróide não pode ser diminuída ou descontinuada. Estas drogas, da mesma forma que os corticosteróides, expõem os doentes ao risco de infecção oportunista. Uma classe de medicamentos chamados inibidores de factor de necrose tumoral (TNF) ou biológicos, funciona neutralizando uma proteína produzida por seu sistema imunológico. Exemplos incluem infliximab (Remicade), adalimumab (Humira) e golimumab (Simponi). Outras terapias biológicas que podem ser utilizadas são natalizumab (Tysabri), vedolizumab (Entyvio) e ustekinumab (Stelara).

 

A abordagem de tratamento depende do quadro clínico de cada um e cabe ao médico decidir com o portador de DII qual a melhor abordagem de acordo com o seu quadro clinico. A imagem abaixo mostra duas estratégicas possíveis: ou começa-se pelos 5-Asas e vai-se escalando consoante a evolução do paciente; ou começa-se pelo topo da piramide (cirurgia em casos que assim o requeiram ou biológicos). Em 10 anos de Colite Ulcerosa a estratégia de tratamento que segui em crise tanto foi uma como a outra, dependendo da severidade das minhas crises. 

 

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No quadro abaixo podem ver como a medicação é administrada. Umas têm que ir cuzinho acima, outras direactamente na veia outras via bucho. Há pacientes que toleram melhor certos meios de administração de medicaçao do que outros. Eu por exemplo, não tolero e até pioro da sintomlogia, se andar a enfiar coisas no cuzinho. 

 

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No entanto, em certos casos é necessário ainda outras formas de tratamento adicionais.

 

5) Antibióticos

Os antibióticos podem ser utilizados além de outros medicamentos ou quando a infecção é uma preocupação - por exemplo, em casos de doença de Crohn perianal. Os antibióticos frequentemente prescritos incluem ciprofloxacina (Cipro) e metronidazol (Flagyl).

 

6) Outros medicamentos e suplementos

Além de controlar a inflamação, alguns medicamentos podem ajudar a aliviar seus sinais e sintomas, mas sempre fale com seu médico antes de tomar qualquer medicamento de venda livre. Dependendo da gravidade da sua DII, o seu médico pode recomendar um ou mais dos seguintes itens:

- Medicamentos anti-diarréicos. Um suplemento de fibra - como o pó de psyllium (Metamucil) ou metilcelulose (Citrucel) - pode ajudar a aliviar a diarréia leve a moderada, adicionando volume às suas fezes. Para uma diarréia mais grave, a loperamida (Imodium A-D) pode ser eficaz. Alguns destes medicamentos, como a loperamida (Imodium, por exemplo), estão disponíveis sem receita médica. Outros, como o difenoxilato (Lomotil, por exemplo), estão disponíveis apenas com receita médica.Estes medicamentos conteêm ingredientes que retardam ou param os espasmos nos intestinos que causam sintomas. Contudo podem ser perigosos wuando usados com inflamação moderada ou grave do cólon, porque eles podem causar uma complicação séria chamada megacólon tóxico em que o cólon incha para muitas vezes seu tamanho normal (e cujo tratamento é remoçao total do colon). Por isso, antidiarreicos somente sob a supervisão do seu médico. Parar imediatamente de tomar se tiverem febre ou dor de barriga severa. Se tomaram antidiarreicos durante 10 dias e ainda tem diarréia, é altura de falar com o médico.

- Alívio da dor. Para dor leve, seu médico pode recomendar acetaminofeno (Tylenol, outros). No entanto, o ibuprofeno (Advil, Motrin IB, outros), o naproxeno sódico (Aleve) e o diclofenac sódico (Voltaren) provavelmente irão piorar seus sintomas e também piorar sua doença.
Suplementos de ferro. Se tem sangramento intestinal crónico, é muito provavel que desenvolv anemia ferropriva e precisa tomar suplementos de ferro. Contudo, suplementos orais de ferro podem ser contraproducentes em doentes de DII por provocarem mais diarreias e sintomologia. Nesse caso, ferro intravenoso é prescrito pelo médico.
Suplementos de cálcio e vitamina D. A doença de Crohn  e Colite Ulceorsa os esteróides usados ​​para tratá-las podem aumentar o risco de osteoporose. Nestes casos, poderá ser necessário tomar um suplemento de cálcio com vitamina D adicionada.

 

7) Cirurgia

Se a dieta e o estilo de vida mudar, a terapia com medicamentos ou outros tratamentos não aliviam os sinais e sintomas da DII, o  médico pode recomendar a cirurgia.

Cirurgia para colite ulcerativa: A cirurgia geralmente pode eliminar a colite ulcerativa. Mas isso geralmente significa remover todo o cólon e recto (proctocolectomia).

Na maioria dos casos, isso envolve um procedimento chamado anastomose anal da bolsa ileal. Este procedimento elimina a necessidade de usar uma bolsa para coletar fezes. O cirurgião constrói uma bolsa do final do intestino delgado. A bolsa é então anexada directamente ao ânus, permitindo que expulsar o lixo de forma relativamente normal.

Em alguns casos, uma bolsa não é possível. Em vez disso, os cirurgiões criam uma abertura permanente no abdómen (estomago ileal) através da qual as fezes são passadas para coleta num saco em anexo.

Cirurgia para a doença de Crohn: Pelo menos metade das pessoas com doença de Crohn exigirá pelo menos uma cirurgia. No entanto, a cirurgia não cura a doença de Crohn.

Durante a cirurgia, seu cirurgião remove uma porção danificada do trato digestivo e depois reconecta as secções saudáveis. A cirurgia também pode ser usada para fechar fístulas e drenar abscessos.

Os benefícios da cirurgia para a doença de Crohn são geralmente temporários. A doença geralmente repete-se, frequentemente perto do tecido reconectado. A melhor abordagem é seguir a cirurgia com medicação para minimizar o risco de recorrência.

 

 

NOTA: Nada do que escrevi ou escrevo no Escadinhas se sobrepõe à opinião do vosso médico. Se têm dúvidas peçam uma segunda opinião a um médico espcializado. 

06 de Dezembro, 2017

Chron e Colite: que estilo de vida e que remédios caseiros ter em consideração?

Vera Gomes

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É normal que por vezes nos sintamos desamparados quando se enfrenta a doença inflamatória do intestino. Mas as mudanças na dieta e estilo de vida podem ajudar a controlar os sintomas e prolongar o tempo entre as crises.

 

1) Dieta

Não há nenhuma evidência firme de que o que comemos realmente causa doença inflamatória do intestino. Mas certos alimentos e bebidas podem agravar seus sinais e sintomas, especialmente durante uma crise. 

Pode ser útil manter um diário de alimentos para acompanhar o que  se come (já falei disto aqui), bem como o que você sente. Se descobre que alguns alimentos estão causando um agravamento dos sintomas, tenta-se eliminar esses alimentos. Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar:

Limite os produtos lácteos. Muitas pessoas com doença inflamatória do intestino acham que problemas como diarreia, dor abdominal e gás melhoram limitando ou eliminando

 

06 de Dezembro, 2017

Como pôr um avião em suspense!

Vera Gomes

 

 

Houve uma altura que viajava imenso em trabalho. Mais ou menos de duas em duas semanas lá apanhava um avião para ir de Lisboa a Bruxelas, passar um ou dois dias em reuniões e voltar a casa a horas pouco recomendáveis. Eram dias preenchidos que enchiam a alma por estar a contribuir para o País. A minha tripa contudo, tinha momentos que discordava com veemência. Lá tinha as minhas emergências, as minhas corridas em versão Rosa Mota e os meus 5 minutos de pânico até ao wc mais próximo. 


Num desses regressos a casa, mal embarquei dentro do avião comecei a sentir umas cólicas que nem é bom lembrar. Aquelas que anunciam uma descarga iminente e que um wc é requerido no menor espaço de tempo possível. Aquelas que parece que nos esfaqueiam consecutivamente enquanto temos a sensação de ter um bebé aos pontapés na barriga. Sabem como é?


Adiante. Lá incomodei os passageiros do lado e consegui chegar perto do wc junto à cabine do piloto. Diz-me a hospedeira “Em breve iremos descolar, não pode usar a casa de banho.” Devo ter ficado com aspecto de um unicórnio com todas as cores estampadas no rosto! “Não posso usar a casa de banho?! Você não está a perceber!”. “sim” c

 

05 de Dezembro, 2017

Os 5 tipos de remissão para Chron e Colite Ulcerosa

Vera Gomes

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Comecemos por.... o que significa "remissão"?

Na medicina, a palavra “remissão” é utilizada para caracterizar o enfraquecimento de uma doença, a partir da diminuição dos sintomas, por exemplo. Isto significa que a doença não desapareceu, apenas deixou de se manisfestar. Ficou assim por dizer, a dormir um sono profundo tipo Bela Adormecida. 

 

 

Existem 4 tipos diferentes de remissão nas Doenças Inflamatórias do Intestino, que vai desde aquela em que o paciente deixa de apresentar sintomas (tipo diarreias e dores abdmonimais) até a máxima desejada, que é a remissão em que todos os exames médicos, incluindo biopsias, não mostram qualquer actividade da doença.  Vamos então lá ver:

 

1) Remissão bioquímica

É o termo usado quando os exames bioquimicos (ex. análises ao sangue) estão normais. Ou seja, os marcadores no sangue ou nas fezes para inflamação estão normais. É por isso normal que tenha existido um alivio na sintomologia, que se sintam melhores, com mais energia, menos visitas ao wc (sim, passei por tudo isto...) e apesar de tudo a doença estar activa no sistema digestivo. Porque é que isto pode acontecer? Bom, porque os marcadores de inflamção apenas indicam que existe uma inflamação no corpo, mas não especifica onde. Estes testes podem ajudar o médico

 

 

04 de Dezembro, 2017

Intolerância à lactose: 4 respostas importantes!

Vera Gomes

Nos dias que correm há um grande debate em torno da necessidade do leite e derivados e se adultos o devem manter na sua dieta ou não. Não irei falar desse debate, mas sim no caso de quem quer continuar a manter leite e derivados na dieta e é intolerante à lactose. 

 

Tal como expliquei aqui, existem dois tipos de intolerância à lactose: primária e secundária. A intolerância primária é uma condição permanente a secundária é uma condição temporária (e a mais comum entre doentes com Chron ou Colite).  Existe igualmente a intolerância congénita que é quando a pessoa nasce já sendo intolerante à lactose.

 

1) Ora, que raio é a lactose?

Segundo a equipa do Diário de uma Dietista, a lactose não é mais do que o açúcar do leite. Por cada 100g (100ml) de leite obtém-se cerca de 5g deste açúcar. Todos os leites têm sensivelmente a mesma quantidade de açúcar (ovelha, vaca, cabra), independentemente do seu teor de gordura (magro, meio gordo, gordo), ou tratamento (cru, pasteurizado, esterilizado, UHT). Ser intolerante à lactose significa que a pessoa não produz em quantidade suficiente a enzima (chamada lactase) responsável por decompôr a lactose em coisinhas mais pequenas que o corpo possa absorver e gerir. A lactase é produzida na parede do intestino. Logo, no caso das pessoas com Chron e Colite, se o intestino está todo avariado, a probabilidade de produzir lactase é bastante reduzida. 

 

2) Quais os sintomas de intolerância à lactose?

Consoante vamos envelhecendo, menos lactase vai sendo produzida pelo organismo e é este facto que determina o grau de intolerância à lactose de cada pessoa.Segundo a equipa do Diário de uma Dietista, por exemplo, existem adultos que podem tomar no máximo um lácteo por dia, outros nenhum, ou apresentarão os seguintes sintomas:

 

03 de Dezembro, 2017

Tenho Colite ou Chron. que alimentação devo seguir? Que dieta fazer?

Vera Gomes

Numa pesquisa no google ou se vaguearmos por alguns grupos do facebook, é fácil ver rmilhentas sugestões de quais as melhores dietas para seguir quando se tem Colite ou Chron e que alimentos se deve excluir. Acresce que a maior das vezes, se cruzarmos informação, a mesma é contraditória. E nós continuamos em modo desespero sem saber o que comer porque tudo parece fazer mal. 

 

Na verdade, nos dias em que correm há muito vodou alimentar, mas não é possível recomendar nenhum pporque... nenhum deu provas científicas da sua eficácia no tratamento de uma Colite ou Chron. No entanto, há algumas evidências mais que provadas e recomendações a seguir. (nota: toda a informação que se segue foi partilhada num evento organizado por uma equipa médica e de investigadores do Hospital de Erasme em Bruxelas onde sou seguida.) 

 

1) Evitar regimes de exclusão se não forem intolerantes!

Quando se tem uma intolerância/ alergia é possível através de exames cinicos identificá-las. Regimes de exclusão