A fingir que isto é um blog de fotografia #9
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Já tinha aqui expressado o quanto gostei do filme Hidden Figures. Acho que é um filme que mostra bem diferenças que se viviam nos anos 50 e 60 e que ainda hoje existem apesar de toda a gente assobiar para o lado ou ignorar. Fiquei em estado de choque quando descobri que o Hidden Figures não ganhou nenhuma estatueta dos óscares! É pena. Precisamos de filmes que contem histórias reais e que dêem alento a quem vive na pele o que é ser diferente, excluído e como nunca mas nunca se deve baixar os braços e lutar pelo que se quer. Mesmo que não haja qualquer tipo de facilitismo.
Não quero com isto dizer que os vencedores sejam "menos" filme ou que tenham uma mensagem "menos" forte. Contudo Hidden Figures mostram a luta de mulheres, que também são negras e que também lutam num mundo de homens. Creio que nenhum dos outros filmes vencedores acumula estes três tipos de lutas diárias de muita boa gente por esse mundo fora.
Li o título da newsletter do Observador e pensei: é mesmo isto que preciso para ver se saio de casa com mais energia!
Lá fui directa ao texto pronta a devorar cada sugestão que me levasse perto de uma receita mágica, algo que transformasse os meus dias penosos em algo supersónico. Quiçá, que me tornasse numa espécie de super mulher, hiper produtiva e cheia de ideias e vontade de fazer. Depois comecei a ler o texto....
:: Para pensar :: Para ouvir :: Para reflectir ::
Vi finalmente o Hidden Figures que estava na lista de filmes a ver há muito tempo. Espero sinceramente que o filme ganhe muitos Óscares este ano porque bem merece! Gostei tanto do filme, que nos entretantos comprei o livro porque acho sempre que os filmes perdem detalhes que os livros mantêm sobretudo quando se trata de biografias.
Se ainda não viram, aconselho vivamente. E o extracto que coloquei é provavelmente um dos momentos mais inspiradores de todo o filme que faz pensar: o que é que vais fazer que fará de ti o primeiro?
Claro que tenho que dizer que no meio de tanta coisa que faz despoletar o "F***-se! Que m***a é esta?!" também havia coisas giras. Eu por exemplo perdi-me de amores por uma tela a óleo e desenho de um pintor sueco. Só não me perdi de amores pelo preço: 800euros.
Também achei piada a uma série de fotografias com a Barbie em situações insólidas. Embora não levasse para casa, achei engraçada a ideia: pegar na barbie, colocá-la em contextos da vida real
Todos os anos há três feiras de arte (pelo menos) em Bruxelas: a Contemporany Art Fair (que fui no ano passado e falei dela aqui e aqui); a Accessible Art Fair (que foi no meu aniversário por isso não fui) e a Affordable Art Fair (que foi no fim de semana passado e fui lá cuscar).
Encarem este post como um daqueles que se vê com os vestidos das senhoras depois da cerimónia dos Óscares. Porque a feira de Affordable teve pouco e o preço médio das coisas expostas rondavam entre os 1500€ e os 4000€. Como dira o Trump: Tremendous! Enourmous!
1) Uma pessoa mal entra no recinto, ávida por arte e coisas giras e que possa levar para casa e depara-se com isto:
Como é sabido ando a ter aulas de neerlandês. Aprendi uma palavra espectacular: pinautomaat! O que significa: multibanco. Sim, ATM. Lindo, não é?
E faz todo o sentido, tendo em conta que cada vez que vamos ao multibanco, o saldo da nossa conta bancária leva uma f*** automática!
Alguma vez pensaram nisto com esta perspectiva?