Ao fim de dois meses nesta cidade, há algumas coisas de que a saudade aperta:
1) da "voltinha dos tristes" aos Sabados à noite com amigos chegados e que fazem muita falta por estas bandas para animar a cidade;
2) dos caracóis. Aqueles da Avenida Paris a que fui apresentada e nunca mais os larguei!
3) bolas de berlim algures no Algarve junto de amigos que estão sempre perto mesmo estando longe
4) dos miminhos da mamã e do papá. Aquele telefonema diário entre casa e o autocarro para "picar o ponto", agora muito menos "diário".
5) do telefonema aos Sabados de manhã do Napoleão a perguntar "estás em casa? que é o almoço hoje? A que horas me queres aí?"
6) das manité de cinema lá em casa, entre amigos e baldes de pipocas, doces misturadas com salgadas, que alguém trazia do cinema mais próximo.
7) das esplanadas de Lisboa ao fim de um dia de trabalho, com caracóis entre outros petiscos, regados por copos de vinho branco estupidamente gelado ou panachés "fraquiiiiinhos"
8) da boa e saborosa comida portuguesa. Das sandochas do Pão Pão Queijo Queijo em Belém, aos petiscos portugueses com toque de modernidade da tasca "Aquele Lugar em Alcantara". DO pão de alho do Di Casa.
9) por incrivel que pareça, da vizinha a gritar pelo Kiko e pelo Vasquinho às 6h da matina. Agora simplesmente acordo à mesma hora, mas em silêncio, Uma pessoa estranha!
10) das caminhadas de 1h após o trabalho com a Poucochinho até ao Cais do Sodré.
11) dos colegas de trabalho que me faziam rir todos os dias mesmo quando me apeticia mandar alguém pela janela
12) dos transportes públicos, (sim, dos transportes públicos). Aqui cheiram bem pior!!!!
13) do rio, do mar, das praias, da luz de Lisboa!
14) dos telefonemas parvos do Magalhães Antunes que me faziam sempre rir mesmo que estivesse em dia não. Claro que ninguém compreenderia alguma vez as nossas conversas, mas que sempre fizeram e farão sentido para nós. Magalães Antunes, se estás a ler isto: um dia, ainda escrevemos um livro!
15) dos amigos. Dos colegas. Dos conhecidos. Todos com a sua história e que sempre me ensinaram alguma coisa e fazem parte da minha vida. Das parvoíces que fizemos e dos planos que se idealizaram. Umas vezes mais sóbrios do que outras.