(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino.
Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."
(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino.
Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."
Cá estava eu, tranquila no mundo dos sonhos quando fui interrompida por uma bater timido na porta. Esperei uns segundos a tentar perceber se seria sonho ou se realidade. Para grande desgosto meu, era realidade. Contrariada levantei-me da cama, desci as escadas em direcção à porta ainda a tentar decolar as pestanas superiores das inferiores. Abri a porta e ia morrendo de susto. Há minha frente estava a Rosie da série Will & Grace. Sim, estava à minha frente uma mulher gorda, de bigode e óculos escuros, com péssimo gosto para moda. E perguntou-me: "É aqui que mora a Tia Rosa?" Aparvalhada e sonolenta disse-lhe que não e fechei a porta. Meu caros amigos, ainda estou traumatizada por este encontro de 279364º grau. Isto aconteceu ontem de manhã, mas só hoje fui capaz de escrever esta minha experiência astral.
O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar...
Há frases que marcam toda a diferença. Basta viajar por este vasto Portugal para admirarmos a eloquência da língua portuguesa. Note-se que se trata de um quadro bordado a ponto de cruz. Há que dar o louvor necessário à pessoa que bordou o quadro pela dedicação e atenção que empregou nesta obra de arte.
Sabado de sol, dia de passeio! E nada melhor para descontrair de uma longa e dura semana de trabalho, nada melhor que uma boa refeição com oa amigos seguido de algumas "Mertolas" em terras espanholas!
"Não te quero senão porque te quero, e de querer-te a não te querer chego, e de esperar-te quando não te espero, passa o meu coração do frio ao fogo. Quero-te só porque a ti te quero, Odeio-te sem fim e odiando te rogo, e a medida do meu amor viajante, é não te ver e amar-te, como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro, seu raio cruel meu coração inteiro, roubando-me a chave do sossego, nesta história só eu me morro, e morrerei de amor porque te quero, porque te quero amor, a sangue e fogo."
"Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco."
Cheguei a ter medo de te perder Tu não chegaste sequer a ter medo. Este silêncio de já não termos palavras Ouve-se nas outras palavras que trocamos.
Miserável mundo nosso e alheio, Igual ao que todos disseram da sua época, E pior, porque este vivemos nós E conhecemos nós, cada um conforme pode.
Já morreram os ídolos todos da infância E os da adolescência vão a caminho, Sobrevivente é o teu olhar cego (hoje já só há um dos Righteous Brothers)
Na feira das velharias uma caixa Para tabaco com uma rosa verde. Tem o preço ainda em escudos, uma falha Num dos cantos, uma pequena cruz em cal.
Permaneces aí, à lareira, lendo livros vivos E o seu turbilhão de palavras profundas. Nunca mais chega o medo de nos perdermos, Eco um do outro em ricochete de silêncios.
Helder Moura Pereira (1949), in Mutuo Consentimento