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Escadinhas do Quebra Costas

(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino. Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."

Escadinhas do Quebra Costas

(con)Viver com Doenças Inflamatórias do Inflamatórias do Intestino. Aventuras, desventuras e muita galhofa! Que a rir custa menos e por isso "Sou feliz só por preguiça."

29 de Setembro, 2005

Fechado para Exercícios Militares

Vera Gomes

Meus caros amigos, nos próximos dias estarei a receber formação militar. Não, não me poderão ver na TVI nem em qualquer reality show, nem de segunda nem de 1ª categoria (como se fosse possível que existissem realities shows de 1ª categoria).


Vou para a Escola de Tropas Aerotransportadas e apenas estarei de regresso no Domingo à noite. Portanto, rezem por mim, para que consiga sobreviver à loucura dos militares e às tropelias que os militares fazem a nós, pobres civis!


PS: Ferrus, quando chegar estarei ainda mais perigosa. Ivo, compra muitas embalagens de Hirodoid - vais precisar! Prima: se precisares dos meus serviços de Cereal Killer avisa!!!!

28 de Setembro, 2005

A ti prima!!!!

Vera Gomes

Chorar o quê, quando não se pode e quer?


Pensar o quê, quando se vive o nada?


Ouvir o quê, faça-se o que fizer?


Olhar o quê, quando não se vê nada?


 

O melhor é esquecer e prosseguir.

O objectivo supremo, inalcançável,

Perde-se todo entre o ir e vir,

Tornando-se apenas memorável.

 

O sonho rui pelo pensamento!

Cresce a agonia num só momento!

Ficando, eu, tristonho e pensativo...

 

Suspiro e grito, enfim, um só lamento!

Sinto um melancólico sentimento!

Desespero, num esforço cansativo...

(João de Barros)

 

Desvio dos teus ombros o lençol

que é feito de ternura amarrotada,

da frescura que vem depois do Sol,

quando depois do Sol não vem mais nada...

 

Olho a roupa no chão: que tempestade!

há restos de ternura pelo meio,

como vultos perdidos na cidade

em que uma tempestade sobreveio...

 

Começas a vestir-te, lentamente,

e é ternura também que vou vestindo,

para enfrentar lá fora aquela gente

que da nossa ternura anda sorrindo...

 

Mas ninguém sonha a pressa com que nós

a despimos assim que estamos sós!

(David Mourão Ferreira)

28 de Setembro, 2005

Levantar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer

Vera Gomes

ERRADO!!! Se assim fosse já devia estar a chegar a 1,80cm de altura e quem me conhece sabe que ainda me falta muito para lá chegar. A esperança de crescer um centímetro que seja já há muito que desapareceu!


Embora a sabedoria popular tenha sempre um dizer para todas as ocasiões, nos dias que correm alguns precisam de actualização. Não é levantar e deitar cedo que dá saúde e faz crescer mas sim as farinhas de crescimento que dão aos miúdos mal eles deixem de sugar avidamente as maminhas da Mamã. São os cuidados intensivos a que são sujeitos com consultas regulares ao Sr. Doutor e os parques infantis com mais condições de segurança que lhes dão saúde. Perderam-se as Sopas de Burro Cansado que lhes dava aquele tom rosado nas faces. Agora é mais a luminosidade do ecrã da televisão. Perdeu-se os "trabalhos forçados" no campo e o trabalho infantil desde tenra idade: ganhou-se Playstations e afins que os prende em casa para alegria dos pais que não têm que os aturar.

26 de Setembro, 2005

Que informáticos são estes?

Vera Gomes
Acabei de estar duas horas parada porque o departamento de informática resolveu mexer nos servidores durante o horário de expediente! Estamos perante uma nova classe de informáticos que perturba o normal funcionamento dos serviços porque não querem ficar um bocadito depois do horário de expediente. Então, preferem que cerca de 400 pessoas fiquem sem trabalhar. Até sugeria que jogassemos à sueca. Sempre seria produtivo para a revitalização de certos e determinados tipos de tradições portuguesas.
26 de Setembro, 2005

(quase) Banida de casamento

Vera Gomes

Olá a todos! Cá estou eu de regresso depois do meu 25º aniversário (sim, eu sei, sou uma criança) e claro, com mais histórias para contar.


Desta feita foi o casamento de um grande amigo meu no dia do meu aniversário que ficou para a história. Imaginem o noivo no altar à espera da noiva. A noiva a entrar ao som da Marcha Nupcial. Imaginem os dois no altar e o padre prestes a abrir a boca. Imaginem agora que nesse preciso momento começam a ouvir o som de vacas a mugir. Pois é: o meu telemovel começou a tocar nesse preciso momento (escusado será dizer que só o Ferrus me poderia ligar nesse momento). Três filas completas dos bancos da igreja começaram a chorar, não de emoção, mas de riso. Era senhoras com a maquilhagem esborratada, homens agarrados à barriga de tanto rir. O casamento continuou sem mais problemas, mas a verdade é que ficou uma história para a posteridade.


Quero ainda desejar as maiores felicidades ao Zezito e à Manuelita e ainda expressar a minha gratidão pela surpresa que me fizeram ao final do dia (em que mais uma vez houve baba e ranho por tudo quanto era lado) quando me cantaram os parabéns com bolo de aniversário e tudo. Por algum motivo o Zezito estará sempre no meu coração!

23 de Setembro, 2005

Ida à cabeleireira

Vera Gomes
Hoje fui à cabeleireira. Quem me conhece sabe que raramente sento o meu delicado rabo nessas cadeiras de pele duvidosa e permito que se aproximem de secador e escova em punho do meu cabelo. Contudo, hoje dei esse previlégio. Adivinhem a quem? A uma menina que está a trabalhar num salão (se é que se pode chamar salão a 5m2) há dois dias. É verdade! Imaginem o meu choque quando após as primeiras escovadas eu tentei explicar melhor o que queria, pois pareceu-me que iria sair dali tipo anjinho gabriel acabado de sair do cabeleireiro do S. Teotónio, a dona do dito estabelecimento, arranca-lhe a escova e o secador das mãos e começa de forma rispída a explicar-lhe como fazer. Entrei em pânico interiormente. Aquele ar calmo que o meu rosto demonstrava era pura fantasia! Comecei a imaginar como o meu cabelo estaria quando me levantasse da cadeira! O pânico começou a sufocar-me!!!! Graças à minha terapeuta e das suas santas palavras consegui recuperar a serenidade e ainda dar palavras de incentivo à novata da zona. No final, bom... não ficou bem como eu queria, mas eu inspirei, expirei, inspirei e tornei a expirar e pus-me a mexer antes que a calma desaparecesse num dos meus expiros...
21 de Setembro, 2005

A nós prima

Vera Gomes
Hoje quero escrever para mim e para a minha prima. Ambas estamos lesionadas (embora em locais diferentes): ela por ter andado a esfregar o chão, eu por ter tricotado demasido. A nós primas, ambas em repouso forçado, ambas com os mesmos sentimentos, ambas com as mesmas causas. Longe uma da outra mas sempre perto!
20 de Setembro, 2005

A culpa é do Governo!

Vera Gomes
Hoje reencontrei no autocarro a senhora mais tagarela que conheci até hoje. É daquelas que fala, fala, fala, fala e fala e a voz dela soa a buzinas nos nossos ouvidos, irritantes e agudas. E mais uma vez ouvi o discurso que a culpa é do Governo. O governo tem culpa de os autocarros irem cheios, o Governo tem culpa dos autocarros irem vazios, o Governo tem culpa de existirem autocarros! è engraçado como o português tem uma apetência natural para se queixar. E o culpado de todas as queixas é o Governo! Como se o Governo controlasse as condições climatéricas ou a subida do preço do petróleo. Creio que todos os portugueses deveriam ler um livro de F. Hayek intitulado "The Road to Serfdom" (Em português "o caminho para a servidão"), que ilustra muito bem o que poderá acontecer em Portugal caso o nosso Zé Povinho continue a exigir que o Governo faça tudo e mais alguma coisa. Em Portugal falta muita coisa e muita coisa está mal. Concordo perfeitamente com isso. Mas creio que começa em nós próprios, com a nossa educação, o civismo que não há e não com o Governo. Deixemo-nos de ser pobre coitadinhos para sermos activos e olharmos um pouco mais longe para além do nosso umbigo.

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